terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Compartilhando uma conexão com windows xp

Hardware:
Para usar o compartilhamento de conexão padrão do Windows XP, você precisará; de duas placas de rede Ethernet no micro que será o Servidor; uma será ligada ao modem, e a outra, à sua rede interna.






Caso sejam apenas dois micros, você pode interligá-los por um CABO CROSSOVER (cruzado).
Acima de dois, você pode usar um HUB (concentrador de terminais) , ou melhor ainda, um SWITCHING HUB ou um SWITCH (chaveador de terminais), que proporcionam um melhor controle do tráfego, tornando sua rede interna mais rápida.
Software:
Para iniciar o Assistente para configuração de rede acesse:
Iniciar > Programas > Acessórios > Comunicações > Assistente para configuração de rede


Utilize o Assistente para: Compartilhar uma conexão com a Internet

A configuração abaixo é para o servidor,
escolha a segunda opção para os outros computadores da rede.
Em caso de dúvida, clique em Exibir um exemplo
Na figura abaixo, a placa VIA seria a placa conectada ao modem, e a 1394 seria a placa da rede local. Em seu micro, as descrições devem ser diferentes dessas. Se a placa de rede é OnBoard, normalmente ela é uma Davicom, ou Sis900. No Brasil, a maior parte das placas encontradas no comércio é Realtek ou compatível. 
Renomeie sua rede, por segurança. Recomendamos utilizar, por exemplo, seu sobrenome.
Esse processo pode demorar um pouco...
Depois de executar esse processo no servidor, repita-o nos micros que compartilharão essa conexão.
Essa configuração é a mais simples que existe, pode e deve ser melhorada, mas para isso é necessário algum conhecimento técnico.

Categoria de Cabos

Existem cabos de cat 1 até cat 7. Como os cabos cat 5 são suficientes tanto para redes de 100 quanto de 1000 megabits, eles são os mais comuns e mais baratos, mas os cabos cat 6 e cat 6a estão se popularizando e devem substituí-los ao longo dos próximos anos. Os cabos são vendidos originalmente em caixas de 300 metros, ou 1000 pés (que equivale a 304.8 metros):
Caixa de Cabo Cat6
No caso dos cabos cat 5e, cada caixa custa em torno de 200 reais aqui no Brasil, o que dá cerca 66 centavos o metro. Os cabos de categoria 6 e 6a ainda são mais caros, mas devem cair a um patamar de preço similar ao longo dos próximos anos.
Os cabos de par trançados são compostos por 4 pares de fios de cobre que, como o nome sugere, são trançados entre si. Este sistema cria uma barreira eletromagnética, protegendo as transmissões de interferências externas, sem a necessidade de usar uma camada de blindagem. Este sistema sutil de proteção contrasta com a "força bruta" usada nos cabos coaxiais, onde o condutor central é protegido de interferências externas por uma malha metálica.
Para evitar que os sinais de um cabo interfiram com os dos vizinhos, cada par de cabos utiliza um padrão de entrançamento diferente, com um número diferente de tranças por metro, como você pode ver na foto a seguir:
Cabo 568 B

O uso de tranças nos cabos é uma idéia antiga, que remonta ao final do século 19, quando a técnica passou a ser utilizada no sistema telefônico, de forma a aumentar a distância que o sinal era capaz de percorrer.
Originalmente, as tranças dos cabos não seguiam um padrão definido, mas, com o passar do tempo, o número de tranças por metro, juntamente com outros detalhes técnicos foram padronizados. Isso permitiu que os cabos de par trançado, originalmente desenvolvidos para transportar sinais de voz, dessem um grande salto de qualidade, passando a atender redes de 10, 100, 1000 e recentemente de 10000 megabits, uma evolução realmente notável.
Para potencializar o efeito da blindagem eletromagnética, as placas de rede utilizam o sistema "balanced pair" de transmissão, onde, dentro de cada par, os dois fios enviam o mesmo sinal (e não transmissões separadas, como geralmente se pensa), porém com a polaridade invertida. Para um bit "1", o primeiro fio envia um sinal elétrico positivo, enquanto o outro envia um sinal elétrico negativo:
Esquema Condutividade do Cabo

Ou seja, o segundo fio é usado para enviar uma cópia invertida da transmissão enviada através do primeiro, o que tira proveito das tranças do cabo para criar o campo eletromagnético que protege os sinais contra interferências externas, mesmo nos cabos sem blindagem. Devido a esta técnica de transmissão, os cabos de par trançado são também chamados de "balanced twisted pair", ou "cabo de par trançado balanceado".
À primeira vista, pode parecer um desperdício abrir mão de metade dos fios do cabo, mas sem isso o comprimento máximo dos cabos seria muito menor e as redes seriam muito mais vulneráveis a interferências.
Voltando ao tema inicial, em todas as categorias, a distância máxima permitida é de 100 metros (com exceção das redes 10G com cabos categoria 6, onde a distância máxima cai para apenas 55 metros). O que muda é a freqüência e, conseqüentemente, a taxa máxima de transferência de dados suportada pelo cabo, além do nível de imunidade a interferências externas. Vamos então a uma descrição das categorias de cabos de par trançado existentes:
Categorias 1 e 2: Estas duas categorias de cabos não são mais reconhecidas pela TIA (Telecommunications Industry Association), que é a responsável pela definição dos padrões de cabos. Elas foram usadas no passado em instalações telefônicas e os cabos de categoria 2 chegaram a ser usados em redes Arcnet de 2.5 megabits e redes Token Ring de 4 megabits, mas não são adequados para uso em redes Ethernet.
Categoria 3: Este foi o primeiro padrão de cabos de par trançado desenvolvido especialmente para uso em redes. O padrão é certificado para sinalização de até 16 MHz, o que permitiu seu uso no padrão 10BASE-T, que é o padrão de redes Ethernet de 10 megabits para cabos de par trançado. Existiu ainda um padrão de 100 megabits para cabos de categoria 3, o 100BASE-T4 (que vimos a pouco), mas ele é pouco usado e não é suportado por todas as placas de rede.
A principal diferença do cabo de categoria 3 para os obsoletos cabos de categoria 1 e 2 é o entrançamento dos pares de cabos. Enquanto nos cabos 1 e 2 não existe um padrão definido, os cabos de categoria 3 (assim como os de categoria 4 e 5) possuem pelo menos 24 tranças por metro e, por isso, são muito mais resistentes a ruídos externos. Cada par de cabos tem um número diferente de tranças por metro, o que atenua as interferências entre os pares de cabos.
Categoria 4: Esta categoria de cabos tem uma qualidade um pouco superior e é certificada para sinalização de até 20 MHz. Eles foram usados em redes Token Ring de 16 megabits e também podiam ser utilizados em redes Ethernet em substituição aos cabos de categoria 3, mas na prática isso é incomum. Assim como as categorias 1 e 2, a categoria 4 não é mais reconhecida pela TIA e os cabos não são mais fabricados, ao contrário dos cabos de categoria 3, que continuam sendo usados em instalações telefônicas.
Categoria 5: Os cabos de categoria 5 são o requisito mínimo para redes 100BASE-TX e 1000BASE-T, que são, respectivamente, os padrões de rede de 100 e 1000 megabits usados atualmente. Os cabos cat 5 seguem padrões de fabricação muito mais estritos e suportam freqüências de até 100 MHz, o que representa um grande salto em relação aos cabos cat 3.
Apesar disso, é muito raro encontrar cabos cat 5 à venda atualmente, pois eles foram substituídos pelos cabos categoria 5e (o "e" vem de "enhanced"), uma versão aperfeiçoada do padrão, com normas mais estritas, desenvolvidas de forma a reduzir a interferência entre os cabos e a perda de sinal, o que ajuda em cabos mais longos, perto dos 100 metros permitidos.
Os cabos cat 5e devem suportar os mesmos 100 MHz dos cabos cat 5, mas este valor é uma especificação mínima e não um número exato. Nada impede que fabricantes produzam cabos acima do padrão, certificando-os para freqüências mais elevadas. Com isso, não é difícil encontrar no mercado cabos cat 5e certificados para 110 MHz, 125 MHz ou mesmo 155 MHz, embora na prática isso não faça muita diferença, já que os 100 MHz são suficientes para as redes 100BASE-TX e 1000BASE-T.
É fácil descobrir qual é a categoria dos cabos, pois a informação vem decalcada no próprio cabo, como na foto:
Categoria do Cabo
Cabo cat 5E, certificado para o padrão EIA-568-B

Os cabos 5e são os mais comuns atualmente, mas eles estão em processo de substituição pelos cabos categoria 6 e categoria 6a, que podem ser usados em redes de 10 gigabits.
Categoria 6: Esta categoria de cabos foi originalmente desenvolvida para ser usada no padrão Gigabit Ethernet, mas com o desenvolvimento do padrão para cabos categoria 5 sua adoção acabou sendo retardada, já que, embora os cabos categoria 6 ofereçam uma qualidade superior, o alcance continua sendo de apenas 100 metros, de forma que, embora a melhor qualidade dos cabos cat 6 seja sempre desejável, acaba não existindo muito ganho na prática.
Os cabos categoria 6 utilizam especificações ainda mais estritas que os de categoria 5e e suportam freqüências de até 250 MHz. Além de serem usados em substituição dos cabos cat 5 e 5e, eles podem ser usados em redes 10G, mas nesse caso o alcance é de apenas 55 metros.
Categoria 6

Para permitir o uso de cabos de até 100 metros em redes 10G foi criada uma nova categoria de cabos, a categoria 6a ("a" de "augmented", ou ampliado). Eles suportam freqüências de até 500 MHz e utilizam um conjunto de medidas para reduzir a perda de sinal e tornar o cabo mais resistente a interferências.
Você vai encontrar muitas referências na web mencionando que os cabos cat 6a suportam freqüências de até 625 MHz, que foi o valor definido em uma especificação preliminar do 10GBASE-T. Mas, avanços no sistema de modulação permitiram reduzir a freqüência na versão final, chegando aos 500 MHz.
Uma das medidas para reduzir o crosstalk (interferências entre os pares de cabos) no cat 6a foi distanciá-los usando um separador. Isso aumentou a espessura dos cabos de 5.6 mm para 7.9 mm e tornou-os um pouco menos flexíveis. A diferença pode parecer pequena, mas ao juntar vários cabos ela se torna considerável:
Diametro cabo
Cabo cat 6a, com o espaçador interno e comparação entre a espessura do
mesmo volume de cabos cat 5e e cat 6a

É importante notar que existe também diferenças de qualidade entre os conectores RJ-45 destinados a cabos categoria 5 e os cabos cat 6 e cat 6a, de forma que é importante checar as especificações na hora da compra.
Aqui temos um conector RJ-45 cat 5 ao lado de um cat 6. Vendo os dois lado a lado é possível notar pequenas diferenças, a principal delas é que no conector cat 5 os 8 fios do cabo ficam lado a lado, formando uma linha reta, enquanto no conector cat 6 eles são dispostos em zig-zag, uma medida para reduzir o cross-talk e a perda de sinal no conector:
Conector RJ45
Conector RJ45

Embora o formato e a aparência seja a mesma, os conectores RJ-45 destinados a cabos cat 6 e cat 6a utilizam novos materiais, suportam freqüências mais altas e introduzem muito menos ruído no sinal. Utilizando conectores RJ-45 cat 5, seu cabeamento é considerado cat 5, mesmo que sejam utilizados cabos cat 6 ou 6a.
O mesmo se aplica a outros componentes do cabeamento, como patch-panels, tomadas, keystone jacks (os conectores fêmea usados em tomadas de parede) e assim por diante. Componentes cat 6 em diante costumam trazer a categoria decalcada (uma forma de os fabricantes diferenciarem seus produtos, já que componentes cat 6 e 6a são mais caros), como nestes keystone jacks onde você nota o "CAT 6" escrito em baixo relevo:
RJ45 Fêmea
Keystone jacks categoria 6

Existem também os cabos categoria 7, que podem vir a ser usados no padrão de 100 gigabits, que está em estágio inicial de desenvolvimento.
Outro padrão que pode vir (ou não) a ser usado no futuro são os conectores TERA, padrãodesenvolvido pela Siemon. Embora muito mais caro e complexo que os conectores RJ45 atuais, o TERA oferece a vantagem de ser inteiramente blindado e utilizar um sistema especial de encaixe, que reduz a possibilidade de mal contato:
Cat7
Conectores TERA

TERA foi cogitado para ser usado no padrão 10GBASE-T, mas a idéia foi abandonada. Agora ele figura como um possível candidato para as redes de 100 gigabits, embora até o momento nada esteja confirmado.
Cabos de padrões superiores podem ser usados em substituição de cabos dos padrões antigos, além de trazerem a possibilidade de serem aproveitados nos padrões de rede seguintes. Entretanto, investir em cabos de um padrão superior ao que você precisa nem sempre é uma boa idéia, já que cabos de padrões recém-introduzidos são mais caros e difíceis de encontrar. Além disso, não existe garantia de que os cabos usados serão mesmo suportados dentro do próximo padrão de redes até que ele esteja efetivamente concluído.
Por exemplo, quem investiu em cabos de categoria 6, pensando em aproveitá-los em redes de 10 gigabits acabou se frustrando, pois no padrão 10G a distância máxima usando cabos cat 6 caiu para apenas 55 metros e foi introduzido um novo padrão, o 6a. O mesmo pode acontecer com os cabos categoria 7; não existe nenhuma garantia de que eles sejam mesmo suportados no padrão de 100 gigabits. Pode muito bem ser introduzido um novo padrão de cabos, ou mesmo que os cabos de cobre sejam abandonados em favor dos de fibra óptica.
Continuando, temos também a questão da blindagem, que não tem relação direta com a categoria do cabo. Os cabos sem blindagem são mais baratos, mais flexíveis e mais fáceis de crimpar e por isso são de longe os mais populares, mas os cabos blindados podem prestar bons serviços em ambientes com forte interferência eletromagnética, como grandes motores elétricos ou grandes antenas de transmissão muito próximas.
Outras fontes menores de interferências são as lâmpadas fluorescentes (principalmente lâmpadas cansadas, que ficam piscando), cabos elétricos, quando colocados lado a lado com os cabos de rede, e até mesmo telefones celulares muito próximos dos cabos. Este tipo de interferência não chega a interromper o funcionamento da rede, mas pode causar perda de pacotes.
No final de cada frame Ethernet são incluídos 32 bits de CRC, que permitem verificar a sua integridade. Ao receber cada frame, a estação verifica se a soma dos bits bate com o valor do CRC. Sempre que a soma der errado, ela solicita a retransmissão do pacote, o que é repetido indefinidamente, até que ela receba uma cópia intacta. Sobre este sistema de verificação feito pelas placas de rede (nível 2 do modelo OSI) ainda temos a verificação feita pelo protocolo TCP (nível 4), que age de forma similar, verificando a integridade dos pacotes e solicitando retransmissão dos pacotes danificados. Esta dupla verificação garante uma confiabilidade muito boa.
Mesmo em uma rede bem cabeada, frames retransmitidos são uma ocorrência normal, já que nenhum cabeamento é perfeito, mas um grande volume deles são um indício de que algo está errado. Quanto mais intensa for a interferência, maior será o volume de frames corrompidos e de retransmissões e pior será o desempenho da rede, tornando mais vantajoso o uso de cabos blindados.
Os cabos sem blindagem são chamados de UTP (Unshielded Twisted Pair, que significa, literalmente, "cabo de par trançado sem blindagem"). Os cabos blindados, por sua vez, se dividem em três categorias: FTP, STP e SSTP.
Os cabos FTP (Foiled Twisted Pair) são os que utilizam a blindagem mais simples. Neles, uma fina folha de aço ou de liga de alumínio envolve todos os pares do cabo, protegendo-os contra interferências externas, mas sem fazer nada com relação ao crosstalk, ou seja, a interferência entre os pares de cabos:
Cabo FTP

Os cabos STP (Shielded Twisted Pair) vão um pouco além, usando uma blindagem individual para cada par de cabos. Isso reduz o crosstalk e melhora a tolerância do cabo com relação à distância, o que pode ser usado em situações onde for necessário crimpar cabos fora do padrão, com mais de 100 metros:
Cabo STP
Cabo STP

Finalmente, temos os cabos SSTP (Screened Shielded Twisted Pair), também chamados de SFTP (Screened Foiled Twisted Pair), que combinam a blindagem individual para cada par de cabos com uma segunda blindagem externa, envolvendo todos os pares, o que torna os cabos especialmente resistentes a interferências externas. Eles são mais adequados a ambientes com fortes fontes de interferências:
SSTP
Cabo SSTP

Para melhores resultados, os cabos blindados devem ser combinados com conectores RJ-45 blindados. Eles incluem uma proteção metálica que protege a parte destrançada do cabo que vai dentro do conector, evitando que ela se torne o elo mais fraco da cadeia:
Conectores RJ-45 blindados

Quanto maior for o nível de interferência, mais vantajosa será a instalação de cabos blindados. Entretanto, em ambientes normais os cabos sem blindagem funcionam perfeitamente bem; justamente por isso os cabos blindados são pouco usados.
Concluindo, existem também cabos de rede com fios sólidos e também cabos stranded (de várias fibras, também chamados de patch), onde os 8 fios internos são compostos por fios mais finos. Os cabos sólidos são os mais comuns e são os recomendados para uso geral, pois oferecem uma menor atenuação do sinal (cerca de 20% menos, considerando dois cabos de qualidade similar):
Visão interna de um cabo sólido e de um cabo stranded

A única vantagem dos cabos stranded é que o uso de múltiplos fios torna os cabos mais flexíveis, o que faz com que sejam muitas vezes preferidos para cabos de interconexão curtos (patch cords), usados para ligar os PCs à tomadas de parede ou ligar o switch ao patch panel (veja detalhes a seguir).
Dentro do padrão, os cabos de rede crimpados com cabos stranded não devem ter mais de 10 metros. Você pode usar um cabo sólido de até 90 metros até a tomada e um cabo stranded de mais 10 metros até o micro, mas não pode fazer um único cabo stranded de 100 metros.
Embora seja um detalhe pouco conhecido, existiram conectores RJ-45 próprios para cabos stranded, onde as facas-contato internas tinham a ponta arredondada. Estes conectores não funcionavam muito bem com cabos sólidos (o formato da faca-contato tornava o contato deficiente). Tínhamos então conectores específicos para cabos sólidos, que utilizavam facas-contato com três lâminas.
Estes dois tipos foram logo substituídos pelos conectores atuais, onde as facas-contato são pontudas, de forma a funcionarem bem com os dois tipos de cabos. Os conectores RJ45 com este tipo de contato (que são praticamente os únicos usados atualmente) são também chamados de conectores universais:
Detalhe contato RJ45
Detalhe da faca-contato de um conector RJ-45



Carlos Eduardo Morimoto
Tutorial original no site:
http://www.hardware.com.br/livros/redes/categorias-cabos.html

Conteúdo baseado no livro:
http://www.hardware.com.br/livros/redes/

Livro Redes
 

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Cinco Passos para garantir um DC saudável

Cinco Passos para garantir um DC saudável
Se existe um processo que pode salvar nossos finais de semana, é a verificação de um DC após a promoção, muitas vezes não fazemos a checagem da promoção de um DC, e com isto podemos ter vários problemas.
por Rover Marinho

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Tecnologias

Active Directory

Sumário

Se existe um processo que pode salvar nossos finais de semana, é a verificação de um DC após a promoção, muitas vezes não fazemos a checagem da promoção de um DC, e com isto podemos ter vários problemas.
O que vamos citar neste artigo são alguns utilitários e processos que devemos checar, para garantir que nosso DC esta ativo e foi corretamente promovido em nosso domínio, vamos lá.
Conteúdo
1. Checando a resolução DNS do Domain Controller
1.1 – Configurando a Placa de Rede do DC
1.2 – Checando a Resolução de Reverso do DNS
1.3 – Criando a Zona Reversa e o registro PTR do DC
2. Verificando a existência das Pastas Netlogon e Sysvol
2.1 – O que é o compartilhamento Netlogon
2.2 – O que é o compartilhamento Sysvol
3. Testando a Resolução DNS para Dc e para FQDN do Domínio
3.1 – Testando a Resolução DNS para DC
3.2 – Testando a Resolução DNS para FQDN do Domínio
4. Verificando as FSMO`s
5. Checando o Event Viewer

Introdução

Este artigo foi desenvolvido para você que tem dúvidas sobre Active Directory. O que fazer para checar quando meu DC não traz os compartilhamentos de Netlogon e de Sysvol? Como ter certeza o DC recém criado é um Global Catalog?
Isto e outras perguntas juntamos neste artigo, de maneira fácil você aprenderá todos estes processos.

1 – Checando a resolução DNS do Domain Controller

Uma das tragédias que podem tirar seu ambiente do ar é a falta de resolução de nomes corretamente, felizmente o serviço de DNS de um Domain Controller pode ser integrado com o Active Directory, e caso você não tenha por favor o integre, muitos recursos são adicionados com esta integração.
Em nosso cenário, vamos usar um DNS com Zonas Integradas ao Active Directory, após terminarmos a promoção do DC e o mesmo sofrer a reinicialização, devemos fazer algumas configurações.

1.1 – Configurando a Placa de Rede do DC

Vamos configurar a placa de Rede do DC, se este for seu primeiro DC a ser promovido, o próprio utilitário do DCPROMO irá fazer o campo de DNS Preferencial ser alterado para 127.0.0.1, mesmo que antes, você já tenha alterado este campo, na Figura1 podemos ver este exemplo, segue abaixo:
Utilize o utilitário Nslookup no Command Prompt para conseguir levantar esta informação.
Check_DC_After_Promotion-005.jpg
Figura 1 – Verificando a resposta do Nslookup

Vamos fazer a alteração na placa de rede de nosso servidor DC, edite as configurações da placa de rede e altere o DNS Preferencial para o IP de seu DC, em nosso exemplo estamos em um novo ambiente, estou usando o IP do próprio servidor, segue demonstração na Figura2:

Check_DC_After_Promotion-004.jpg
Figura 2 – Alterando o DNS da Placa

Fazemos este procedimento para informar corretamente ao DC qual o DNS deve ser checado em uma consulta.

1.2 – Checando a Resolução de Reverso do DNS

Alguns procedimentos para aplicação de Policy e também regras no domínio dependem da resolução de nomes reversa, por isto devemos após a promoção de nosso DC, fazer o check para identificar se este recurso esta funcionando corretamente.
Para verificarmos isto utilizaremos o utilitário nslookup disponível no prompt de comando.
Digite o comando abaixo para verificar a resolução a Figura3 demonstra um cenário onde a zona reversa não é criada por default.
Check_DC_After_Promotion-006.jpg
Figura 3 – DNS alterado mas sem resolução reversa
Neste momento já temos o DNS alterado (192.168.0.1) mas ainda não temos a resolução reversa em funcionamento (Unknown), iremos então criar a zona reversa de nosso domínio. Faça o seguinte procedimento:
· Abra o DNS (dnsmgmt.msc)
· Clique na opção Reverse Lookup Zones, caso esta opção esteja vazia Figura4,  iremos criar o Reverse Zone.
Check_DC_After_Promotion-007.jpg
Figura 4 – Zona Reversa não cadastrada no Domínio

1.3 – Criando a Zona Reversa e o registro PTR do DC

Precisamos criar a Zona Reversa do DC para isto vamos utilizar o Wizard de criação de Zonas, siga as etapas abaixo:
a) Clique com o botão direito em Reverse Lookup Zone e selecione New Reverse Zone.
b) Na tela de Wizard Welcome clique em Next.
c) Na tela New Zone Wizard – Zone Types clique em Next (default Primary Zone e Active Directory Integrated).
d) Na tela New Zone Wizard – Active Directory Zone Replication Scope clique em Next.
e) Na tela New Zone Wizard – Reverse Lookup Zone Name marque a opção Ipv4 e clique em Next.
f) Na tela New Zone Wizard – Reverse Lookup Zone Name no campo Network ID coloque a Range IP da sua Infraestrutura e clique em Next.
g) Na tela New Zone Wizard – Dynamic Updates deixe o Default marcado e clique em Next.
h) Na tela New Zone Wizard – Summary clique em Finish para criar a Zona Reversa, conforme a Figura5.
Check_DC_After_Promotion-015.jpg
Figura 5 – Zona Reversa Criada


Precisamos criar o registro PTR de nosso servidor, neste momento apenas existe a Zona Reversa não existe correção do erro gerado na Figura3, iremos corrigir este erro criando um novo registro PTR. Conforme Figura5, segue os passos:
a) Clique com o botão direito na sua Zona Reversa (0.168.192.in-addr.arpa) e selecione New Pointer (PTR)
b) Na tela de New Resource Record existem três campos conforme a Figura6, segue abaixo:
i.  Host IP Address – Este campo traz o IP do Registro PTR (IP do DC)
ii. FQDN  - Este campo traz o nome completo (Nome FQDN do Domínio - Reverse)
iii. Host Name – Nome do Servidor (Nome FQDN do DC)

Check_DC_After_Promotion-016.jpg
Figura 6 – Criando o PTR do DC

Após o registro criado, podemos verificar que o registro PTR já esta disponível dentro da Zona Reversa, isto pode ser visto e testado com o utilitário Nslookup no prompt de comando, idêntico ao passo executado na Figura3, demonstramos este processo na Figura7, onde vemos o registro PTR ao fundo, criado na Zona Reversa.
Após isto abra uma nova seção no prompt de comando, para testar a resolução reversa de DNS com o Nslookup (Figura7).
Check_DC_After_Promotion-017.jpg
Figura 7 – Testando a Resolução Reversa do Dns

2 – Verificando a Exitência das pastas Netlogon e Sysvol

Quando promovemos um servidor à função de Domain Controller, dois compartilhamentos muito importantes são criados dentro deste servidor, os compartilhamentos são Netlogon e Sysvol.
Para uma administração correta, é muito interessante dominarmos o pleno conhecimento destes compartilhamentos, assim entendendo para que servem e como checar erros nos mesmos.

2.1 – O que é o compartilhamento Netlogon

O compartilhamento Netlogon é usado no Windows 2000, Windows Server 2003 e Windows Server 2008 para compartilhar informações com outros Dc`s. Esta replicação é feita de forma segura entre os DC`s.
O serviço responsável por esta replicação entre os Dc`s é o Netlogon (%SystemRoot%\System32\Netlogon.dll).
Para checar se os serviços estão configurados corretamente, no Windows Server 2003 precisamos instalar o Support Tools, no Windows Server 2008 o recurso já esta instalado.
Abra um prompt de comando e digite DCDIAG, o comando DCDIAG vai gerar um relatório do estado dos serviços do seu Active Directory, pode-se usar este relatório para levantamento de erros e verificação da estrutura do Domain Controller.

2.2 – O que é o compartilhamento Sysvol

O Compartilhamento Sysvol (System Volume) é usado no Windows 2000, Windows Server 2003 e Windows Server 2008 para compartilhar informações com outros Dc`s. As informações replicadas são Group Policy Objects, startup and shutdown scripts e logon and logoff scripts.
O serviço responsável por gerenciar estes atributos é o FRS (File Replication Service), ele gerecia a replicação do Sysvol, porém caso tenhamos um upgrade de Domain Function Level para Windows Server 2008, o serviço de replicação para os Dc`s passa a ser o DFRS (Distributed File System Replication), válido apenas para Dc`s com Windows Server 2008.
Para visualizar a estrutura do Sysvol abra o prompt de comando e digite Start Sysvol, receberemos a tela da Figura8, com toda a estrutura do Sysvol, o comando Start Sysvol serve para demonstrar a estrutura de pastas, não importando se esta foi movida do caminho default.
Check_DC_After_Promotion-003.jpg
Figura 8 – Utilizando o Start Sysvol
Após a abertura da tela podemos verificar se a estrutrua do Sysvol esta como da Figura8, em um próximo artigo falaremos especificamente sobre Infraestrutura de Sysvol e Netlogon.

3 – Testando a Resolução DNS para Dc e para FQDN do Domínio

A resolução DNS é muito importante para o domínio e um dos testes básicos para checar a resolução, é verificar se o FQDN do servidor ou o FQDN do Domínio estão respondendo para o mesmo lugar.

3.1 – Testando a Resolução DNS para DC

Quando acabamos de instalar um DC temos também que testar a resolução de rede de nosso Domain Controller, vale lembrar que se acessarmos o FQDN do Servidor (Figura9), nossa solicitação tem que nos levar para resolução da Figura10.
Na Figura9 vemos as pastas Netlogon e Sysvol nestas pastas temos a estrutura de Policies e também a estrutura de scripts da Rede, bem como todas alterações no Domínio utilizam estas pastas para replicar com outros Dc`s.
Check_DC_After_Promotion-019.jpg
Figura 9 – Acessando FQDN do DC
Check_DC_After_Promotion-020.jpg
Figura 10 – Netlogon e Sysvol do DC

3.2 – Testando a Resolução DNS para FQDN do Domínio

Quando acabamos de instalar um DC temos também que testar a resolução de rede do FQDN do Domínio, vale lembrar que se acessarmos o FQDN do Domínio (Figura11), nossa solicitação tem que nos levar para resolução da Figura12.
Na Figura11 vemos as pastas Netlogon e Sysvol nestas pastas temos a estrutura de GPO e também a estrutura de scripts da Rede, bem como todas alterações no Domínio utilizam estas pastas para replicar com outros Dc`s.
Quando desligamos o DC o Active Directory utiliza a resolução de nome FQDN do Domínio, sendo assim o usuário não será deslocado para o FQDN do DC e sim para o FQDN do Domínio, desta forma outro DC assume a função dos compartilhamentos.

Check_DC_After_Promotion-021.jpg
Figura 11 – Acessando FQDN do Domínio

Check_DC_After_Promotion-022.jpg
Figura 12 – Netlogon e Sysvol do Domínio

4 – Verificando as FSMO`s

Em nosso cenário estamos utilizando um único DC. Caso tenha mais Dc`s ou não é interessante sabermos se todas FSMO`s estão disponíveis, para isto, iremos checar as FSMO`s, isto é muito simples abra um Prompt de Comando e utilize o comando Netdom query FSMO, o resultado será a Figura13 que segue abaixo:
Check_DC_After_Promotion-023.jpg
Figura 13 – Netdom para verificar as FSMO`s

Este comando demonstra onde as FSMO`s estão sendo gerenciadas.

5 – Checando o Event Viewer
Para finalizarmos não poderíamos deixar de falar do Event Viewer, ele foi remodelado no Windows Server 2008, porém continua agradável e demonstra tudo que ocorre em nossos servidores. Vale lembrar que a função de DC, tem algumas opções diferentes dos outros servidores.
A Figura14 demonstra o Event Viewer, este precisa ser checado após a promoção do Domain Controller, segue abaixo:

Check_DC_After_Promotion-024.jpg
Figura 14 – Event Viewer para checar erros

Conclusão

Para concluir, gostaria de informar que este artigo foi desenvolvido para todos aqueles que tem dúvidas sobre a função de Domain Controller no Active Directory, explicamos em 5 passos como garantir a saúde de seu DC após a promoção, desde o simples recurso de um PTR Zone Reverse, até a checagem das FSMO com o NETDOM, tenham uma ótima leitura.

Referências + Tópicos Relacionados

Para elaboração deste artigo utilizamos além do dia a dia como instrutor, materiais que servem como leitura posterior.
1 – Active Directory – Administrator’s Pocket Consutant (livro de bolso para o Administrator de Active Directory).
2 – Windows Server 2003 Active Directory and Network Infrastructure – Exam 70-297 (Ótima referência para Exames).
3 – Building Enterprise Active Directory Services – Notes from the Field.
4 – Windows Internals 5º Edition – Covering Windows Server 2008 and Windows Vista (A melhor referência sobre Internals).
Muitos foram os blogs navegados e opiniões retiradas de muitos bate-papos com amigos, gostaria de agradecer a todos.


Read more: http://www.linhadecodigo.com.br/artigo/2414/cinco-passos-para-garantir-um-dc-saudavel.aspx#ixzz2K7OWazGm